Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
TUDO PRONTO PARA O DIA 31
O diretor Geral do Departamento Nacional de
Produção Mineral, Miguel Antonio Cedraz Nery voltou a reafirmar
durante reunião ocorrida ontem no 5º Distrito do DNPM de
Belém, que o governo está pronto para receber os resultados das pesquisas
geológicas feitas na área dos 100 hectares pertencentes a Coomigasp. O
ato de entrega dos resultados das pesquisas ocorrerá no próximo dia 31
deste mês na sede do DNPM da capital paraense. A reunião contou com as
presenças do presidente da Coomigasp, Gessé Simão de Melo, do
vice-presidente de Operações da empresa, Colossus Minerals, Heleno Costa,
além dos dirigentes da Agasp Brasil.
O encontro serviu para colocar toda a documentação
exigida pela legislação mineral em ordem e acertar a data de 31 de agosto
como ponto de partida para a obtenção do alvará lavra. “Estamos chegando na
reta final de uma caminhada de muita luta para que os sonhos de
milhares de garimpeiros se torne em realidade”, disse Gesse Simão ao
receber a garantia do DNPM em outorgar o alvará de lavra a
Coomigasp tão logo a cooperativa cumpra com toda as condicionantes. “O
governo não irá criar nenhuma dificuldade para que os garimpeiros de Serra
Pelada façam a exploração da mina por eles requeridas através de sua
cooperativa”, disse Miguel Cedraz. Para o executivo da empresa canadense,
Heleno Costa, a entrega do relatório das pesquisas marcadas para o final
deste mês foi um compromisso assumido pela parceria junto ao
Ministério de Minas e Energia que pediu pressa na realização das
sondagens. A implantação definitiva do Projeto de Desenvolvimento Mineral de
Serra Pelada, segundo o presidente da cooperativa, ocorrerá logo
em seguida da entrega do relatório das pesquisas.
INVESTIDORES VISITAM MONTOEIRA
Um grupo de investidores de Brasília encontra-se
neste momento em Serra Pelada para visitar de perto a montoeira e atestar a
sua viabilidade econômica da exploração do ouro concentrado nos
rejeitos da cava. De acordo com informações obtidas através das recentes
pesquisas feitas na montoeira os resultados são bastante animadores
para um grande negocio. A equipe de geólogos acompanhada pessoalmente
pelo presidente da Coomigasp, Gesse Simão, fará um teste ainda este final de
semana dos rejeitos. Se o resultado for auspicioso uma parceria
pode ser celebrada entre o grupo brasiliense e a cooperativa para a
exploração da montoeira.
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Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
DIA 18, GRANDE REUNIÃO NA CÂARA DOS DEPUTADOS
Esta marcada para o dia 18 de setembro uma sessão
solene em homenagem ao povo garimpeiro do Brasil. A iniciativa é da Frente
Parlamentar em Defesa do Garimpeiro da Câmara dos Deputados. De acordo com a
programação a sessão ocorrerá no período da tarde e será presidida pelo
presidente da Câmara, deputado Michel Temer. Cerca de 300 garimpeiros estarão
participando do ato solene. A Agasp Brasil vai aproveitar o momento para
apresentar o “Manifesto Garimpeiro” que exige do Parlamento Brasileiro a
rápida aprovação do Projeto de Lei n.º 5227 de 2009 que acrescenta
capítulos à Lei 11.685 de 02 de junho de 2008, que institui o Estatuto dos
Garimpeiros. O projeto regulamenta a pensão vitalícia aos garimpeiros
remanescente de Serra Pelada e a aposentadoria especial para mais de 1
milhão e 500 mil garimpeiros de todo o país. Atualmente o projeto
encontra-se na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos
Deputados aguardando que seja apresentado o relatório pela
relatora , deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA). A aprovação urgente desse
projeto é de grande importância para a categoria garimpeira do Brasil que
espera por esse gesto do Congresso Nacional e do Estado
brasileiro há mais de cinco séculos.
A LUTA CONTINUA
Mas enquanto o dia 18 não chega, depois de
amanhã, quarta-feira, um grupo de lideres da Agasp Brasil fará uma nova
investida dentro da Comissão de Seguridade Social e Família da
Câmara. Vamos lá para um encontro com a deputada Elcione Barbalho que segundo
informações, já estaria com o seu relatório pronto para ser
apresentado ao plenário. A nossa presença é para que coloque logo esse
projeto na pauta da Comissão que ela dirige. Estamos acompanhando tudo.
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Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
TUDO PRONTO PARA A ENTREGA DAS PESQUISAS
Faltam apenas seis dias para que a parceria
Coomigasp e Colossus entreguem ao 5º Distrito do Departamento Nacional de
Produção Mineral em Belém do Pará o resultado do relatório parcial das
pesquisas geológicas feitas na área dos 100 hectares pertencentes a
cooperativa. Foi uma tarefa muito difícil para que a Coomigasp chegasse até
aqui. Muita gente deve se perguntar: Porque o resultado das pesquisas é
apenas um resultado parcial e não total? A resposta para essa pergunta está
no fato das interrupções criminosas patrocinadas por um grupo que não
deseja ver a mina produzindo e que seguidamente pararam os trabalhos das
sondagens geológicas que servem exatamente para medir o tamanho do depósito
mineral.
Desde quando a Coomigasp recebeu o alvará de
pesquisa em março de 2007 até agora, os trabalhos de sondagens foram paralisados
o equivalente a oito meses.A baderna, o crime e a canalhice instalada em
Serra Pelada teve o objetivo de infernizar o interesse maior de toda a
sociedade garimpeira que torce para que o projeto de desenvolvimento mineral
dê certo e que todos possam viver dias melhores. Vejam
todos quanto tempo foi desperdiçado de um alvará que tem três anos de
validade e que expira no dia 28 de fevereiro do próximo ano. Bem que a
Coomigasp poderia entregar esse relatório no ultimo dia do prazo. Mesmo assim
as pesquisas seriam entregues de forma incompleta sem saber de forma
exata a quantidade do ouro que se encontra a 400 metros abaixo da
terra.
A iniciativa de entregar o que tem na
segunda-feira da próxima semana ao DNPM se prende ao fato de a cooperativa
correr contra o tempo, aproveitando para ter o alvará de lavra nas mãos ainda
na gestão do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. O ministro
provavelmente deixará o Ministério no mês de janeiro. A campanha que visa
impedir que a Coomigasp tenha o seu alvará de lavra teve o dedo do senador
José Nery do PSOL do Pará. Fez isso atendendo ao pedido desse mesmo grupo que
mandou invadir a Coomigasp e que paralisou as sondas por diversas vezes.
Talvez o senador Jose Nery tenha feito esse malfadado gesto por não conhecer
o tamanho do sofrimento e da dor do povo garimpeiro que espera por
muitos anos ter a sua mina de volta.
Mas à vontade e a força política do conjunto das
lideranças garimpeiras de Serra Pelada fala mais alto. É por isso que tudo
está sendo preparado para que no dia 31 seja entregue esse relatório e a
confirmação da entrega do alvará de lavra a Coomigasp. Depois disso as
pesquisas geológicas irão continuar. Por tanto, chegou à hora de fazer
com que esse sonho de ter um alvará de lavra nas mãos se torne realidade. Não
existe no Brasil um político que mais entende sobre Serra Pelada e que
carrega o mesmo sentimento do povo garimpeiro que não seja o senador e atual
ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Sem ele a histórica luta dos
garimpeiros não seria coberta de tanto êxito.
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terça-feira, 15 de novembro de 2011
TUDO PRONTO PARA O DIA 31
PROJETO DE APOSENTADORIA É APROVADO
ublicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
PROJETO DE APOSENTADORIA É APROVADO
A Comissão de Seguridade Social e Família da
Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade na manhã de hoje, o
Projeto de Lei 5227/09, do deputado Cleber Verde (PRB-MA), que cria
aposentadoria especial para os garimpeiros de todo o país e uma pensão
vitalícia aos garimpeiros remanescente de Serra Pelada. A relatora do
projeto, deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA) que defendeu a aprovação
da proposta disse que a Comissão de Seguridade e Família fez mais que a sua
obrigação ao reconhecer que essa categoria que tanto contribui com a riqueza
do país tenha o legitimo direito de se aposentar. “É mais do que justo que os
garimpeiros do Brasil em especial os de Serra Pelada possa ter a garantia
desses direitos.
Pela proposta relatada pela deputada Elcione
Barbalho não serão necessárias contribuições para receber os
benefícios, que serão custeados pelo Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS). “É preciso reconhecer o trabalho valoroso desses profissionais, que
muito contribuíram e ainda contribuem para o crescimento do País, ainda que
desenvolvendo apenas atividade de subsistência", afirmou a parlamentar
paraense. Por outro lado o deputado Cleber Verde que acompanhou a
votação do projeto afirmou que a tramitação da proposta na Comissão de
Seguridade e Família foi o primeiro passo para se consolidar a proposta no
âmbito da Câmara dos Deputados.
Apesar de o Projeto de Lei que estabelece uma
aposentadoria especial aos garimpeiros e uma pensão vitalícia aos
remanescentes de Serra Pelada ter sido aprovado na Comissão de Seguridade
Social e Família por unanimidade, porem o projeto encontra muita resistência.
Um dos pontos que vem sendo combatida por lideres partidários da base aliada
do governo esta no fato do projeto deixar livre de contribuições junto ao
INSS. Outra questão é ter colocado a idade de 50 anos para o garimpeiro
remanescente de Serra Pelada ter o direito a uma pensão vitalícia de três
salários mínimos. Por causa disso os consultores legislativos da Câmara
decidiram-se retirar do texto a idade de 50 para o patamar de 55 para
mulheres e 60 anos para homens.
A Agasp Brasil que vem acompanhando atentamente a
tramitação do projeto na Câmara vai recorrer dentro da CCJ para onde a
proposta seguirá na próxima semana. O deputado Flavio Dino (PSB-MA) já
contactado por nós disse que irá manter a idade de 50 anos para ter o direito
à pensão vitalícia. Justificamos que a maioria dos garimpeiros que
trabalharam em Serra Pelada ainda convive com graves seqüelas produzidas pelo
mercúrio e que muitos continuam impedidos de trabalharem por problemas de
saúde.
Para ter direito à aposentadoria, o garimpeiro
terá que provar que exerce a atividade com auxílio de instrumentos manuais
pelo tempo exigido em lei para os trabalhadores rurais. A idade mínima para
requerer o benefício é de 55 anos para mulheres e 60, para homens. Além
disso, os garimpeiros deverão ser associados a cooperativas ou na Associação
nacional dos Garimpeiros de Serra Pelada e do Brasil.
O garimpeiro que comprovar que preencheu essas
condições em 2009, por exemplo, terá que demonstrar que está na atividade há
14 anos, no mínimo. Para quem preencheu os requisitos em ano anterior, será
observado um prazo gradativamente menor. O mínimo é de 60 meses, exigido do
trabalhador que reuniu as condições necessárias em 1991.
O tempo de serviço será comprovado por documentos
emitidos pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), por contrato
de trabalho ou por caderneta de garimpeiro. É prevista ainda a comprovação em
juízo, desde que o trabalhador apresente "razoável início de prova
material". Ou seja: não se admite a prova meramente testemunhal.
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Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
A BATALHA DA AGASP BRASIL PELA APOSENTADORIA
SERÃ VITORISOSA
*POR TONI DUARTE
Nunca foi fácil uma categoria trabalhadora
aprovar qualquer projeto de seu interesse, sobretudo quando o assunto é
aposentadoria, aumento de taxas extras , diminuição de horas trabalhadas ou o
reconhecimento de uma categoria profissional. Foi assim com o projeto de lei
que instituiu o Estatuto do Garimpeiro que era de 1997 e somente no ano
passado foi aprovado pelo Congresso e sancionado pela Presidência da
República. Ainda assim a Lei surgiu manca, sem o elementar direito dos
garimpeiros de se aposentar. Alguns podem até apontar isso como uma “falha”
ou um “erro” do Congresso. Para nós foi má fé. Essa situação nos obrigou a
nos mobilizar novamente. E não há outro recurso para isso se não for através
do mecanismo da pressão e da forte presença acompanhada de muito barulho
dentro das Comissões Permanentes e Temáticas da Câmara.
Conseguimos ultrapassar o primeiro obstáculo ao
aprovarmos ontem ( veja matéria a baixo) dentro da Comissão de
Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei
5227/09, que cria aposentadoria especial para os garimpeiros de todo o país e
uma pensão vitalícia aos garimpeiros remanescente de Serra
Pelada. A duas semanas passadas a Agasp Brasil teve que ocupar
literalmente o plenário 11 da Comissão de Seguridade e Família com 110 velhos
garimpeiros para pedir mais respeito para com a categoria e dizer aos
deputados que temos pressa. Fomos pra lá com as nossas faixas e
cartazes.
Fizemos isso porque descobrimos que o governo
mandou seus líderes travar a proposta dentro da Consultoria Legislativa
da Câmara. O governo não aceita aposentar garimpeiro na forma especial sem
contribuição para o INSS. Também torceu a cara para o artigo que cria a
Pensão Vitalícia para os baqueados garimpeiros remanescente de Serra Pelada. Valentemente
a deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA), presidente da Comissão de Seguridade e
Família e relatora do projeto colocou a proposta em votação na manhã de
ontem. No relatório apresentada ela retirou do texto a idade de 50 anos e
manteve o patamar de 55 para mulheres e 60 anos para homens para ter o
direito à pensão vitalícia. Teve a nossa concordância para que o projeto não
ficasse emperrado e seguise o seu curso. O resultado é que ele foi aprovado
de forma unânime.
Vamos deixar que ele siga assim? Claro que não. A
Agasp Brasil já entrou em entendimento com o deputado Flavio Dino (PC do
B-MA) para relatar o Projeto de Lei dentro da poderosa Comissão de
Constituição e Justiça e fazer uma emenda colocando a idade de 50 anos
para ter direito a pensão vitalícia. Daqui para frente estamos prontos para
pressionar. Os garimpeiros em suas cidades terão que também fazer o mesmo
dentro das Câmaras de Vereadores pedindo a elas a formalização de Moções de
Apoio a ser enviadas à direção da Câmara e Senado. A Aprovação desse
projeto é muito importante para o sofrido povo garimpeiro do Brasil. A nossa
Associação Nacional não vai abrir mão dessa luta e vamos ser
vitoriosos.
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Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
COOMIGASP CONQUISTA APOIO POLITICO NO PARÃ
* POR
TONI DUARTE
A deputada estadual Bernadete ten Caten
(foto) e o deputado federal Jose Geraldo anunciaram presença neste sábado, ao
ato de criação da Delegacia Regional da Coomigasp e da fundação da Agasp,
órgão ligado a Associação Nacional dos Garimpeiros de Serra Pelada que serão
instalados na cidade de Xinguara, Estado do Pará. A reunião ocorrerá no salão
nobre da Maçonaria no centro da cidade a partir das 14 horas. O prefeito de
Xinguara, Davi Passos, também estará presente ao encontro.
A reunião que contará com centenas de pessoas,
vai além de um simples ato de fundação de dois órgãos representativos da
classe garimpeira de Serra Pelada Trata-se de um gesto de união do movimento
garimpeiro com integrantes da classe política paraense comprometida com os
movimentos sociais e com a causa da categoria. A deputada Bernadete e o
deputado José Geraldo, ambos tem esse compromisso surgido da aguerrida
militância política no Estado do Pará.
Bernadete como professora revolucionou a educação
em Marabá, tornou-se deputada estadual para ter força política para lutar
pelos assentados e pela melhoria da qualidade de vida da população de seu
Estado. José Geraldo tem militância na mesma estrada do movimento
social organizado cuja musculatura política já lhe deu dois mandatos como deputado
estadual e dois como federal.Seria um equivoco do movimento garimpeiro de
Serra Pelada se as suas lideranças não se aliassem a essas forças políticas
neste momento em que muitas coisas positivas estão acontecendo em torno da
categoria.
O trabalho político que vem sendo feito pelo
militante e líder garimpeiro Nelton Paulino, assessor político da presidência
da Coomigasp, tem sido de grande relevância para fortalecer e aproximar a
cooperativa no âmbito da classe política paraense. Principalmente neste
momento em que a Coomigasp está prestes a receber um alvará de lavra que lhe
dar a possibilidade de implantar o seu projeto de desenvolvimento da mina de
Serra Pelada.
O apoio dos políticos e do governo estadual é de
suma importância para a concretização desse sonho. Por tanto, a reunião
na cidade de Xinguara vai muito além da simples e singelas inaugurações. É um
ato político que visa garantir a melhoria da qualidade de vida do povo
garimpeiro.
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O APOIO POLITICO QUE PRECISAMOS
Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
O APOIO POLITICO QUE PRECISAMOS
O prefeito de Xinguara, José Davi Passos (PT),
garantiu que vai trabalhar para que os prefeitos e Câmaras de vereadores dos
143 municípios paraenses possam ajudar na luta pela aprovação da
aposentadoria especial para os garimpeiros de todo o Brasil e uma pensão
vitalícia aos garimpeiros de Serra Pelada. A ajuda será em forma de “moções
de apoio” que serão enviadas aos presidentes da Câmara e do Senado pedindo
que o Projeto de Lei n.º 5227 de 2009 que acrescenta capítulos à Lei 11.685
de 02 de junho de 2008 que instituiu o Estatuto dos Garimpeiros seja colocado
em caráter de urgência para a sua aprovação.
A determinação de Davi Passos que é presidente da
Associação dos Municípios do Araguaia e Tocantins (Amat) foi
transmitida por José Estáquio que o representou durante a criação da
15ª Agasp Regional , orgão ligado a AGASP BRASIL e da delegacia da
Coomigasp ocorrida na tarde de ontem na cidade de Xinguara. O prefeito
irá pedir o apoio da FAMEP – Federação das Associações dos Municípios do
Estado do Pará e da própria governadora Ana Julia Carepa na luta encabeçada
pela Associação Nacional dos Garimpeiros de Serra Pelada – Agasp Brasil
dentro do Congresso Nacional.
A reunião de ontem teve também a participação do
prefeito de Água Azul do Norte, Renan Lopes que se colocou a disposição na
luta pelo direito a aposentadoria da classe garimpeira. “Estou solidário com
esta causa. A Agasp Brasil e a Coomigasp tem desde de já o nosso total
e irrestrito apoio para a consolidação dessa luta”, disse Renan. O clima
político que envolveu a reunião com a participação de centenas de garimpeiros
de Xinguara e região convence cada vez mais as principais lideranças do
“movimento pro - aposentadoria e pensão vitalícia” de que esse objetivo só
será alcançado se houver a participação e o apoio da classe política dos
estados que contam com grande contingente de trabalhadores dos garimpos do
Brasil.
O Estado do Pará estima-se cerca de 40 mil
ex-garimpeiros de Serra Pelada e em atividade que se somam aos 200 mil
espalhados no restante dos estados da região Amazônica. No Maranhão e Piauí
entre os ex-garimpeiros de Serra Pelada e os que se encontram em plena
atividade garimpável , chegam a 60 mil pessoas. No Tocantins, no Mato Grosso
, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina é bem maior
o numero. O total em todo o país chega-se a 1 milhão e 500 mil trabalhadores.
A estratégia da Agasp Brasil é a de convencer as
bancadas dos estados na Câmara e no Senado sobre a relevância do
Projeto de Lei n.º 5227 de 2009 que já foi aprovado pela
importante Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara na ultima
quarta-feira. Não acreditamos que teremos empecilhos dentro da Comissão de
Constituição e Justiça para onde segue o projeto na próxima semana.
O Deputado Flavio Dino (PC do B- MA) foi o
parlamentar escolhido pela Agasp Brasil para relatar o projeto. Ele foi
relator do Estatuto do Garimpeiro dentro da CCJ no ano passado levando a sua
aprovação. A deputada Elcione Barbalho que foi relatora do projeto na
Comissão de Seguridade Social havia encontrado resistência sobre a idade de
50 anos para ter o direito a pensão vitalícia. Até mesmo o direito da
aposentadoria sem ter que contribuir com o INSS foi contestado. Essa ultima,
a deputada valentemente conseguiu mantê-la. Quanto a pensão vitalícia o jeito
foi aprovar na original, ou seja: 55 anos para mulheres e 60 anos para os
homens .
Cabe a Agasp Brasil daqui para frente defender
com unhas e dentes a proposta que se aproxima da atual realidade dos milhares
de garimpeiros de Serra Pelada, cuja maioria deixou o garimpo em 1992 com
gravíssimas seqüelas produzidas pelo mercúrio. O deputado Flavio Dino já está
convencido da nossa justificativa. Vai fazer uma emenda colocando novamente
no Projeto de Lei o patamar mínimo de 50 anos de idade para os garimpeiros de
Serra Pelada ter o direito da pensão vitalícia. A briga será ferrenha.
Mas vamos ganhar.
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Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
FALTA APENAS UMA ASSINATURA
Foi prorrogado para amanhã, quarta-feira, 2, a
entrega oficial do relatório das pesquisas feitas na área dos 100 hectares da
Coomigasp ao 5º Distrito do DNPM em Belém do Pará. O ato que seria
realizado ontem, 31, conforme data estabelecida pela cooperativa não ocorreu
em detrimento da falta da importante assinatura do diretor-geral do
Departamento Nacional de Produção Mineral, Miguel Cedraz Nery, ao documento
protocolar. Por causa disso o chefe do 5º DNPM, Every Aquino viajou ontem à
tarde a Brasília com missão de colher a assinatura do diretor geral. Aquino
retorna para Belém hoje a noite.
A entrega do relatório das pesquisas ao DNPM
encheu de expectativa aos mais de 40 mil garimpeiros sócios da Coomigasp. A
sociedade de forma unânime apóia o presidente Gésse Simão e espera
ansiosamente pela implantação da mina que inicia no final do mês de setembro.
Cerca de 300 garimpeiros que moram na capital paraense e nas cidades
vizinhas permanecem concentrados em Belém para acompanhar de perto um dos
mais importantes atos da causa garimpeira de Serra Pelada que é a entrega das
pesquisas.
O diretor geral do DNPM, Miguel Cedraz, garantiu
que todos os direitos que a Coomigasp tem será dado a ela.
Cedraz foi além disso ao afirmar que cooperativa atendeu todas as
exigências cobradas pelo órgão e, que, por tanto, não haveria nenhum
entrave técnico ou mesmo aqueles de ordem político que
impeça a cooperativa de ter o seu alvará de lavra. Apesar dessas
garantias feita por Miguel Cedraz a simples falta de sua assinatura no
documento deixou a sociedade um tanto espinhada. Porem a situação foi
explicada e os sentimentos da massa garimpeira aliviados.
Nunca foi fácil para os garimpeiros de Serra
Pelada reconquistar a mina desde a época em que o garimpo foi fechado. Em
1992 o governo foi alem de insensível. Foi insano. Empurrou para o fundo da
vala sem dó e nem pena milhares de cidadãos que ajudaram abarrotar o Tesouro
Nacional com o ouro retirado da Serra Pelada. No final do garimpo apenas o
Governo e meia-dúzia de pessoas, bamburraram através do esforço gigante de 80
mil trabalhadores.
Nesse período de 17 anos de fechamento do
garimpo foi uma caminhada de sofrimento e dor. As matanças, a mentira, o
engodo sempre foram ingredientes que permearam a luta garimpeira. Porem, o
pior deles, foi à perversa indiferença do Governo a uma situação provocada
pela própria União. Ate na hora de entregar um documento de grande
importância para os garimpeiros de Serra Pelada falta uma assinatura. Mas a
convicção do povo garimpeiro é de que tudo será resolvido nesta ultimas 24
horas.Tanto é que Every Aquino, chefe do 5º DNPM, tranqüilizou as lideranças
e brincou: “quando tudo isso terminar vamos precisar tomar muita maracujina”.
Esperamos, Dr. Every. Caso contrario 40 mil coraçoes poderão explodir de
inevitável revolta.
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Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
DNPM NÃO QUER DAR ALVARA DE LAVRA AOS GARIMPEIROS
Belém - O chefe do 5º Distrito do DNPM do
Pará, Every Aquino, retornou de Brasília ontem a noite sem a assinatura do
diretor geral Miguel Cedraz Nery (foto) no ato de concessão que a
Coomigasp tem direito. Como disse ontem, nunca foi fácil para os garimpeiros
de Serra Pelada na sua dura caminhada de justas reivindicaçoes. Em 2006
para obter o alvará de pesquisa a categoria foi obrigada a ocupar a Belém
Brasília . O então ministro de Minas e Energia Silas Randeau , teve que
jogar pesado com a Secretaria de Geologia e Transformação Mineral e com
o Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM - para que
dessem o Alvará de Pesquisa aos garimpeiros da Coomigasp.
Foi um parto dolorido. Agora depois de
cumprir todas as exigências técnicas que a legislação requer, os
dois órgãos ligados ao Ministério de Minas e Energia continuam a
conspirar , a subestimar e desrespeitar os milhares de cidadãos .
É revoltante a postura do DNPM. Ao longo da historia os
garimpeiros tem sido vitima da indiferença institucional de órgãos ligados ao
MME . Basta lembrar que de 1992 quando foi fechado o garimpo até
o ano de 2006, quando ocorreu a entrega do alvará de pesquisa o DNMP fazia o
papel de órgão surdo-mudo para a causa garimpeira de Serra Pelada. Parece que
continua fazendo.
No passado esteve sempre a serviço das grandes
mineradoras e no presente continua passando por cima da legislação
mineral para não atender aos pequenos mineradores, em especial,
aos garimpeiros de Serra Pelada. No inicio do mês de agosto as
lideranças começaram a sentir o desprezo e a falta de vontade do DNPM
para cumpri com a sua obrigação em relação aos garimpeiros de Serra
Pelada. O presidente da Coomigasp, Gesse Simão, acompanhado por nós da Agasp
Brasil, estivemos todos no gabinete de Miguel Cedraz para anunciar a nossa
insatisfação com os empecilhos políticos acolhido pelo órgão. Na
oportunidade Cedraz nos tranqulizou afirmando que o que pertencia
aos garimpeiros estava seguro. Fez questão de nos acompanhar até
Belém para dirimir todas as duvidas quanto ao cumprimento das condicionantes
exigida pelo órgão.
Quando tudo parecia correr bem para que a
cooperativa tivesse a sua sessão de direito mineral, Miguel Cedraz exige que
tal documento seja assinado por ele e não por Every Aquino que tem poderes
legítimos para isso. O documento é levado a Brasília, mas Every retorna
sem a tal assinatura. A informação de bastidores que se tem é que
o diretor geral do DNPM teria sido pressionado pelo deputado
federal Paulo Rocha (PT-PA), que vem fazendo de tudo para travar o sonho dos
garimpeiros. Paulo Rocha não respeita nem mesmo a vontade legitima dos
mais de 17 mil garimpeiros de Serra Pelada que moram no
Estado do Pará.
É de se estranhar. Paulo Rocha está indo na
contramão da historia num momento em que o próprio Governo de Ana Julia
Carepa apóia literalmente o projeto de implantação da mina de Serra
Pelada. Paulo Rocha nunca procurou a Coomigasp e nem as entidades
garimpeiras como a Agasp Brasil, Abasp e a Freddigasp para fazer um
juízo de valor sobre a nossa causa. Porem pior do que a insana postura
política de Paulo Rocha é o dúbio comportamento do DNPM que prefere
atender o pedido de uma única pessoa em detrimento da vontade de
milhares. É em cima do sentimento unânime do povo garimpeiro
que convocamos a categoria para marchar rumo a Brasília. Não interessa
mais ficar perdendo tempo nem com o DNPM e muito menos com a Secretaria de
geologia e Transformação Mineral. Resta ao ministro de Minas e Energia ,
Edison Lobão, decidir se o povo garimpeiro de Serra Pelada tem ou não
o direito de ser feliz.
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