Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
O PASSO A PASSO DA COOMIGASP PARA CHEGAR AO
ALVARÃO DE LAVRA
Tem muita gente ainda sem entender qual é o passo
a passo para que uma cooperativa de mineração possa obter do DNPM um alvará
de lavra como é o caso da Coomigasp.
Para se chegar a este documento, o primeiro passo
foi ter que conquistar o alvará de pesquisa fato ocorrido em março de 2006. O
alvará de pesquisa dado à cooperativa tem três anos de duração e valerá
até março do próximo ano. Vários fatores contribuíram para que a
parceria Coomigasp e Colossus promovessem a entrega do relatório
de pesquisas para o DNPM de Belém, antes mesmo de finalizar o prazo,
fato que acorrido no dia 2 deste mês. A urgência da entrega
das pesquisas deu-se ao fato do empenho da cooperativa conseguir o alvará de
lavra ainda na gestão do ministro Edison Lobão que provavelmente deixa o
Ministério de Minas e Energia no mês de março do ano que vem.
Os garimpeiros de um modo geral raciocinam que
com Lobão ainda ministro tudo será mais fácil para a cooperativa
conseguir o valioso documento no MME. Daí, o corre-corre. Em troca da
apresentação do relatório no inicio deste mês, o DNPM concedeu no mesmo dia
a Cessão dos Direitos Minerarios da cooperativa para uma área de 100
hectares. A Cessão de Direitos Minerarios é um importante documento, mas não
é tudo, apesar de se ter feito festa com isso. A legislação mineral exige da
cooperativa e de sua parceira a apresentação do EIA RIMA ( Estudo e Relatório
de Impacto Ambiental). Esse documento será entregue ainda esta semana
ao DNPM de Belém.
Para que se inicie a implantação da mina, é necessário
que a parceria Coomigasp Colossus apresente ao DNPM o Plano de Aproveitamento
Econômico (PAE). Esse Plano só estará devidamente pronto em novembro ou
dezembro para ser entregue ao DNPM. Será através do PAE que a parceria,
de forma minuciosa, irá dizer ao governo, da sua opção pela implantação
subterrânea da mina. Feito isto o DNPM autoriza a parceria Coomigasp e
Colossus, através da Serra Pelada Companhia de Desenvolvimentos Mineral SA.,
a iniciar implantação da mina, construindo galerias e outras
infra-estruturas. O investimento para a construção da infra-estrutura e
contratação de pessoal será na ordem de U$ 100 milhões.
Daí quando tudo estiver pronto já será março
faltando pouco dias para que o ministro Lobão deixe o Ministério. Caberá a
ele antes que isso aconteça levar pessoalmente em Serra Pelada o tão valioso
Alvará de Lavra. Com o LAVRA nas mãos ai, sim, os prêmios virão e os
garimpeiros sem medo de ser felizes podem dizer em uma só voz: “TEMOS UMA
MINA!!”.
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Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
TONI DUARTE ENTREGA MANIFESTO GARIMPEIRO A MICHEL
TEMER
O presidente da Agasp Brasil, Toni Duarte,
entregou hoje pela manhã ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), o
“Manifesto Garimpeiro” lido da tribuna da Câmara dos Deputados na
ultima sexta-feira durante a sessão solene alusiva ao Dia Nacional do
Garimpeiro. O importante documento aponta as reais necessidade de o Congresso
aprovar a pensão vitalícia aos garimpeiros remanescente de Serra Pelada e a
aposentadoria especial aos mais de 1 milhão e 500 mil garimpeiros de todo o
País. Veja a integra do “Manifesto Garimpeiro” feito pela Agasp Brasil:
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS GARIMPEIROS
DE SERRA PELADA E DO BRASIL AGASP BRASIL
Manifesto Garimpeiro
Ao Presidente da Câmara
Deputado Michel Temer (PMDB-SP)
Senhor Deputado, desde o Brasil Colônia , passando pelo Brasil
Império e agora no Brasil Republicano jamais a categoria de garimpeiros
do Brasil teve aos longo dos 509 anos de existência o
reconhecimento que merece. Nem pelo Governo e muito menos pelo Congresso
Nacional. E temos motivos de sobras para afirmar isso.
No ano passado quando a Câmara e o Senado debatiam o Estatuto do Garimpeiro
em suas Comissões Temáticas, as inúmeras entidades representativas da
categoria, entre elas, a nossa Associação Nacional dos Garimpeiros de
Serra Pelada e do Brasil, tentaram de todas as formas, sem sucesso,
incluir ao texto artigos que versassem sobre a forma de aposentadoria. As
nossas suplicas não foram ouvidas. Não deram bolas para um dos direitos mais
elementares de uma classe trabalhadora que é a aposentadoria. Por isso Senhor
Presidente, apesar de sermos uma categoria hoje reconhecida por Lei,
porem não temos ainda o que comemorar.
Neste momento travamos uma grande batalha dentro da Câmara dos Deputados para
que seja aprovado o Projeto de Lei n.º 5227 de 2009 que acrescenta capítulos
à Lei 11.685 de 02 de junho de 2008 que instituiu o Estatuto do Garimpeiro. O
PL de autoria do deputado Cleber Verde regulamenta a pensão vitalícia aos
garimpeiros remanescente de Serra Pelada e estabelece a aposentadoria
especial para mais de 1 milhão e 500 mil garimpeiros de todo o país.
Esse projeto, Senhor Presidente, foi aprovado por unanimidade na Comissão de
Seguridade Social e Família da Câmara e segue agora para a Comissão de
Finanças e Tributação.
No caso da pensão vitalícia, lamentavelmente, ainda encontramos
barreiras aqui e acolá por parte de alguns parlamentares, que estão
longe de formar uma convicção positiva no que diz respeito a instituição
desse direito de até três salários mínimos aos garimpeiros que trabalharam
pelo menos durante seis anos em Serra Pelada, conforme o PL em tramitação.
Devemos lembrar que esta Casa em 1989 ajudou aprovar a pensão vitalícia aos
seringueiros que foram recrutados para a extração da borracha na Amazônia,
contribuindo para o esforço de guerra a que se submetia o País. Os chamados
soldados da borracha hoje estão recebem pensão mensal vitalícia de dois
salários mínimos, conforme garante o artigo 54 das Disposições Transitórias
da Constituição. Em 2007 a Câmara aprovou Medida Provisória assegurando
às pessoas que foram vítimas da hanseníase e que tiveram confinadas nas
colônias de isolamento o direito de receber em torno de dois salários
mínimos por toda vida.
Colocamos esses dois fatos para afirmar, com toda a convicção, que tal qual
os seringueiros e os hansenianos, os garimpeiros de Serra Pelada
viveram a mesma situação e vitimas de uma tragédia social
provocada pelo Estado brasileiro. Basta recorrer as tristes imagens dos mais
de 100 mil homens mantidos pelo Estado brasileiro de maneira compulsória em
trabalho escravo por quase duas décadas no garimpo de Serra Pelada.
Depois da campanha do Regime Militar contra a guerrilha do PC do
B no Sul do Pará, o achado de uma pequena pepita em Serra Pelada serviu
de chamariz utilizado pelo Governo para recrutar os
trabalhadores atraídos por uma falsa promessa de que
chegariam em Serra Pelada pobres e sairiam dela ricos. A corrida
do ouro e a formação do garimpo em uma área que já pertencia a então
estatal Vale do Rio Doce foi alimentada pelo próprio governo federal. O
governo permitiu que milhares de cidadãos oriundo de várias parte do país
abrissem o garimpo em um tempo que exploração do ouro era assunto de
Segurança Nacional e numa área já requerida e sondada pela Vale do Rio
Doce.
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Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
DEPUTADA BEL MESQUITA ANUNCIA APOIO AOS
GARIMPEIROS
A deputada paraense Bel Mesquita (PMDB) disse que
irá se empenhar no sentido do Projeto de Lei 5227 que estabelece uma pensão
vitalícia aos garimpeiros de remanescente de Serra Pelada e uma aposentadoria
especial aos mais de 1 milhão e 500 mil garimpeiros de todo o país, seja
aprovado nas duas próximas comissões temáticas da Câmara ( Finanças e
Tributação e Constituição e Justiça)”Porem é preciso que a categoria se
mobilize em todos os estados pedindo aos seus deputados que façam o mesmo”,
disse a parlamentar. Assista entrevista.
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