Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
CURIÓ ABRE ARQUIVO E REVELA QUE EXÉRCITO EXECUTOU
41 NO ARAGUIA
Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o major
Curió, o oficial vivo mais conhecido do regime militar (1964-1985), abriu ao Jornal
Estadão de São Paulo o seu lendário arquivo sobre a Guerrilha do
Araguaia (1972-1975). Os documentos, guardados numa mala de couro vermelho há
34 anos, detalham e confirmam a execução de adversários da ditadura nas bases
das Forças Armadas na Amazônia.
Dos 67 integrantes do movimento de resistência
mortos durante o conflito com militares, 41 foram presos, amarrados e
executados, quando não ofereciam risco às tropas. Até a abertura do arquivo
de Curió, eram conhecidos 25 casos de execução. Agora há 16 novos casos,
reunidos a partir do confronto do arquivo do major com os livros e
reportagens publicados. A morte de prisioneiros representou 61% do total de
baixas na coluna guerrilheira.
Uma série de documentos, muitos manuscritos do
próprio punho de Curió, feitos durante e depois da guerrilha, contraria a
versão militar de que os mortos estavam de armas na mão na hora em que
tombaram. Muitos se entregaram nas casas de moradores da região ou foram
rendidos em situações em que não ocorreram disparos. Os papéis esclarecem
passo a passo a terceira e decisiva campanha militar contra os comunistas do
PC do B - a Operação Marajoara, vencida pelas Forças Armadas, de outubro de
1973 a janeiro de 1975.
O arquivo deixa claro que as bases de
Marabá e Xambioá, no sul do Pará e norte do Estado do Tocantins, foram
o centro da repressão militar. O guerrilheiro paulista Antônio Guilherme
Ribas, o Zé Ferreira, teve um final trágico, descrito assim no arquivo de
Curió: “Morto em 12/1973. Sua cabeça foi levada para Xambioá”. O piauiense
Antonio de Pádua Costa morreu diante de um pelotão de fuzilamento em 5 de
março de 1974, às margens da antiga PA-70.
O gaúcho Silon da Cunha Brum, o Cumprido, entrou
nessa lista. “Capturado” em janeiro de 1974, morreu em seguida. Daniel Ribeiro
Calado, o Doca, é outro da lista: “Em jul/74 furtou uma canoa próximo ao
Caianos e atravessou o Rio Araguaia, sendo capturado no Estado de Goiás”. Só
adolescentes que integravam a guerrilha foram poupados, como Jonas, codinome
de Josias, de 17 anos, que ficou detido na base da Bacaba, no quilômetro 68
da Transamazônica.
Documento datilografado do Comando Militar da
Amazônia, de 3 de outubro de 1975, assinado pelo capitão Sérgio Renk, destaca
que Jonas ficou três meses na mata com a guerrilha, “sendo posteriormente
preso pelo mateiro Constâncio e ‘poupado’ pela FORÇA FEDERAL devido à pouca
idade”. Curió permitiu o acesso do jornal O Estado ao arquivo sem exigir uma
avaliação prévia da síntese, das conclusões e análises dos documentos. Ele
disse que essa foi uma promessa que fez para si próprio.
Passadas mais de três décadas, a história da
terceira campanha ainda assusta as Forças Armadas: foi o momento em que os
militares retomaram as estratégias de uma guerra de guerrilha, abandonadas
havia mais de cem anos. “Até o meio da terceira campanha houve combates. Mas,
a partir do meio da terceira campanha para frente, houve uma perseguição
atrás de rastros. Seguíamos esse rastro duas, três semanas”, relata. “A
terceira campanha é que teve o efeito que o regime desejava.” Essa política
de extermínio fica um pouco mais clara com a abertura do arquivo de Curió.
Pela primeira vez, a versão militar da terceira e decisiva campanha é
apresentada sem retoques por um participante direto das ações no Araguaia.
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Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
ESTÃO ACABANDO COM A COOMPRO
A Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros
Proprietários de Catas de Serra Pelada, COOMPRO – nos últimos três anos vem
sendo empurra para o fundo do buraco pela atual diretoria comanda de forma
irresponsável por Otacílio Rodrigues da Rocha. Dos 5.826 associados menos de
48 pessoas ainda pagam hoje à cooperativa. Ninguém acredita no futuro da
Coompro sob o comando de Otacílio.
No inicio desde ano, Otacílio que responde
processo criminal por ter ajudado a invadir e quebrado a Coomigasp no ano
passado utilizando o dinheiro da Coompro para isso, aumentou o quadro social
da entidade com 200 sem-terras de Palmares II só para atender a um
pedido de maligno como forma de justificar as suas filiações como garimpeiros
no sindicato.
Foi com os votos de 52 desses sem-terras
transvertidos de garimpeiros ( e ainda assim foi traído pela maioria) que
Raimundo Maligno foi eleito novamente presidente do sindicato, eleição
convocada fora do tempo a qual será anulada pelo Tribunal de Justiça do
Pará já que a juíza de Curionópolis, Andréa Brito, julgou a
maracutaia maligna a coisa mais normal do mundo.
Mas enquanto maligno usa e abusa de Otacílio
Rodrigues a Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros Proprietários de Catas
de Serra Pelada caminha para a sua completa liquidação. Otacílio não consegue
nem mesmo avançar dentro da Secretaria de Meio Ambiente do Governo do Estado
do Pará a onde o seu malfeito projeto encontra-se totalmente engavetado.
Dentro do 5º Distrito do Departamento Nacional d
Produção Mineral as seqüências de revogação dos prazos para apresentação de
documentos exigidos pela legislação mineral já não tem mais como dar a
COOMPRO. O chefe do DNPM, Every Aquino lembra que o problema está na
ineficiência da direção da Coompro que não apresenta a documentação exigida
em tempo hábil para que possa obter a sua PLG.
Até um simples alvará de funcionamento a
cooperativa não consegue obter junto a Prefeitura de Curionópolis porque
Otacílio não apresentou nenhuma alternativa para a instalação legal do
escritório da Coompro. Sem alvará para funcionar a cooperativa pode a
qualquer momento ter as suas portas lacradas pelo Poder Publico Municipal, já
avisou o prefeito Chamozinho.
A Coompro vive de favor na sede da ABASP a quem
deve uma fortuna porque nunca pagou o aluguel e muito menos energia elétrica
que gasta. É de se interrogar para onde foi parar todo o dinheiro da
contribuição pagas pelos 5826 sócios
A Diretoria Administrativa não tem resposta para
essa pergunta ainda sendo ela exigida pelo Conselho Fiscal. No mês passado o
membro do Conselho Fiscal, Francisco Alves Teixeira, cansado de pedir
explicações sem tê-las terminou pedindo renuncia de forma irretratável e
irrevogável. Em carta ele acusou o Conselho de Administração composto
por Otacílio Rocha, Almir Arantes, Zé Xerife e Geraldo Almeida de
coagir e impedir que o Conselho Fiscal exerça as sua atividade com independência
e exigência da prestação de contas.
Francisco Teixeira saiu do Conselho Fiscal por
não concordar com a falta de transparência e regularidade na apresentação dos
balancetes financeiros da entidade, uma obrigação do ineficiente Otacílio
Rodrigues e de todo o resto da diretoria da cooperativa do Rio Sereno.
A Compro não terá uma outra saída se os seus quase seis mil sócios não
tomar as devidas providencias para mudar essa situação. Sétimos que a
sociedade está querendo isso. Todos estão apenas esperando que alguém se
habilite para encabeçar essa luta. Da Agasp Brasil esse alguém terá todo o
apoio. É só pedir.
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Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
POLICIA PRENDE INVASORES DA MONTOEIRA
Cerca de 48 sem-terras foram presos pela Policia
Militar do Estado do Pará e prestam depoimentos neste momento na Delegacia de
Policia Civil de Curionópolis depois de invadir a área do Chico Blefado
e de lá articular uma movimentação para paralisar as sondas que fazem pesquisas
geológicas na área da Coomigasp. A Ação da Policia ocorreu ontem a tarde
depois que o presidente da Coomigasp, Gesse Simão, denunciou o fato e a
tentativa de sabotagem as sondas. O capitão Miranda foi quem comandou a
operação policial resultando na prisão dos invasores. Raimundo Maligno e
Etevaldo Arantes que incentivaram os invasores mais uma vez deram no pé com a
chegada da policia. A estratégia de Maligno e Etevaldo era iniciar um
garimpinho com a ajuda dos sem-terras na área da cooperativa e em seguida
invadir as montoeiras e conseqüentemente paralisar as sondas. “Ele achava que
a gente ia ficar de braços cruzados como das outras vezes”, informou Gesse
Simão. Para o presidente da Coomigasp toda essa ação de Maligno não irá
atrapalhar os objetivos da cooperativa de entregar no dia 31 de agosto os
resultados das pesquisas ao Ministério de Minas e Energia.
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