Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
MIGUEL NERY GARANTE A LIBERAÇÃO DO ALVARÃO DE
LAVRA A COOMIGASP
O Diretor Geral do Departamento Nacional de
Produção Mineral , Miguel Antonio Cedraz Nery (foto), garantiu
que o órgão governamental está pronto para cumprir com a sua parte no
que diz respeito ao direito da Coomigasp a obter o alvará de lavra
definitivo tão logo entregue o relatório de pesquisa no próximo dia 31 de
agosto e cumprir com as outras exigências da legislação mineral como a
apresentação da Licença Ambiental e a apresentação do Plano de
Aproveitamento Econômico da mina.
O anuncio de Miguel Cedraz foi feito ao receber
no DNPM o presidente da Coomigasp, Gesse Simão, o presidente da Agasp Brasil,
Toni Duarte, além do chefe do Conselho Jurídico da cooperativa, Jairo
Leite. A garantia do diretor geral do DNPM feita perante o próprio presidente
da cooperativa serviu para colocar de vez uma pá de
cal em cima de alguns entraves criados por setores do
órgão governamental que estaria criando dificuldades para não
reconhecer os direitos que a Coomigasp tem para obter o tão sonhado
alvará de lavra.
A investida de Gesse Simão ao DNPM
foi motivada pelo sentimento de preocupações sentidas durante uma
reunião com 200 representantes das mais de 100 cidades pólos de
garimpeiros espalhadas pelo Brasil que não aceitam mais nenhum tipo de
retaliação ou orquestração que vise impedir o legitimo direito
dos associados da cooperativa no que diz respeito a exploração da mina
em parceria com a Colossus.
Foi empurrado por esse clima de intranqüilidade e
insegurança que Gesse Simão chegou ao DNPM, por volta das 19 horas desta
quinta-feira para saber do próprio Miguel Cedraz o que estava acontecendo já que
no próximo dia 31 a parceria Coomigasp e Colossus assumiu o compromisso de
entregar o relatório parcial realizado na área dos 100 hectares.
“Tudo que nos foi pedido para a construção do
processo junto ao governo foi devidamente atendido e não podemos
mais aceitar protelações” disse Gesse ao informar ao
diretor geral do DNPM Miguel Cedraz a disposição dos
milhares de garimpeiros de se dirigirem a Brasília para
mostrar ao governo que estão unidos e exigir que os seus direitos sejam
respeitados. “Em 2007 fomos obrigados a bloquear a Belém Brasília para ter o
direito do alvará de pesquisa. Acredito que nesse atual momento não será
necessário fazer o mesmo para ter o direito do Alvará Lavra por termos
um ministro de Minas e Energia e um Presidente da Republica que conhece
a nossa luta e são defensores intransigentes da causa garimpeira
de Serra Pelada”, avisou.
Bastante preocupado com a situação Nery fez
questão de comungar da mesma opinião ao lembrar que durante toda
a historia de lutas dos garimpeiros o governo do presidente Lula foi
quem mais se empenhou para resolver a questão Serra Pelada. “Demos o alvará
de pesquisa e vamos entregar o alvará de lavra dentro que exige tão-somente a
legislação e nada mais do que isso”, afirmou Miguel Cedraz. Ele
tranqüilizou o presidente da cooperativa ao anunciar que tomará
para si todo o processo da Coomigasp e marcou para a próxima
quarta-feira, dia 19, uma reunião no 5º Distrito do DNPM do Pará para que
tudo seja resolvido e tirar do caminho qualquer entrave se é que eles
existam.
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Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
LULA E LOBÃO AFIRMAM;NINGUÉM TOMA A SERRA DOS
GARIMPEIROS
Faltam apenas 14 dias. Os garimpeiros de Serra
Pelada vivem uma grande expectativa para o dia da entrega do relatório sobre
os resultados das pesquisas geológicas feitas na área dos 100 hectares
pertencentes a Coomigasp. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão e o
presidente da Republica, Luiz Inácio Lula da Silva (foto), já anunciaram que
querem resolver tudo antes de janeiro do próximo ano. Ambos sabem que não dar
mais para protelar ou criar obstáculos no sentido de prolongar a concessão do
alvará de lavra como alguns setores do próprio DNPM desejam se apegando ainda
na velha imagem de que Serra Pelada é um antro de confusões, de
desorganização e de eternos conflitos.
Nem o ministro Lobão e muito menos o presidente
Lula pensam assim. Tanto um como o outro sabe que os garimpeiros foram
brutalmente massacrados e literalmente abandonados com as suas famílias pelo
Estado brasileiro e que precisam ser ressarcidos de seus direitos. Os dois
querem fazer justiça aos garimpeiros. Lobão por ter conhecimento de causa.
Por lutar em defesa dos garimpeiros desde a época que era deputado
federal.
Em 1986 pegou o caminho de Serra Pelada para defender
os mais de 80 mil garimpeiros ameaçados de serem despejados do maior garimpo
a céu aberto do mundo. Levou o presidente João Figueiredo aos garimpeiros e
fez um apelo ao mesmo que mantivesse o garimpo funcionando. Pelo ato foi
aplaudido de pé pela massa humana suja de melechete.
De lá para cá, foram muitas as lutas de Lobão.
Como senador da Republica usou a tribuna dezenas de vezes para defender os
garimpeiros. Foi uma voz firme e única ao falar à Nação sobre o massacre de
mais de 90 garimpeiros empurrados pela policia do alto da ponte do Rio
Tocantins, em Marabá. A maioria era maranhense. Fez festa e foi carregado nos
ombros do povo garimpeiros ao levar em mãos, o decreto legislativo de sua
autoria e sancionado por ele como presidente do Senado Federal. A Lei
devolvia definitivamente aos garimpeiros os 100 hectares da mina de Serra
Pelada. Foi novamente ovacionado ao ir a Serra Pelada entregar em março de
2007 o Alvará de Pesquisa para a Coomigasp.
Já o presidente Lula conhece a dor e o sofrimento
dos garimpeiros desde 1992 quando Collor de Mello fechou o garimpo
deixando milhares de cidadãos sem eira e nem beira. Em 1994 e 1998
lamentou ter perdido para Fernando Henrique Cardoso que comandou oito anos de
governo sem dar trela ao povo garimpeiro. O governo de FHC sempre premiou a
Vale do Rio Doce e ignorou as vidas decadentes que teimosamente não tirava o
pé da pequena comunidade encravada na Serra.
Em 2002 depois de derrotar Jose Serra, o
presidente Lula assumiu o compromisso de resolver todos os problemas de Serra
Pelada. Começou com a criação de uma Comissão Interministerial formada por
cinco ministérios com a missão de promover a readequação dos garimpeiros que
estavam fora do quadro social da cooperativa. Por ordem de Lula essa Comissão
criou o Estatuto do Garimpeiro reconhecendo a categoria como profissão em Lei
sancionada pela Presidência da Republica no ano passado.
Ao convidar o senador Edson Lobão para comandar o
Ministério de Minas e Energia em janeiro de 2008, o objetivo de Lula era mais
do que ter um grande político e um grande administrador para tocar a
intricada área energética do país. A política mineral sempre foi o lado
forte de Lobão. Melhor ainda: conhecia Serra Pelada e seus problemas de há
muito tempo. O presidente Lula não poderia fazer melhor escolha. “Nunca um
ministro com passagem pelo Ministério de Minas e Energia nas ultimas duas
décadas, tem tanta identificação com os pequenos mineradores deste país, como
Edison Lobão”, discursou certa vez o presidente Lula.
Essa ligação existencial entre Lula e Lobão em
torno da causa garimpeira de Serra Pelada precisa só precisa ser compreendida
por alguns setores do DNPM que teimam enxergar Serra Pelada como um
território de bandidos em eterno conflito. Não é. Alias, o principal
alimentador de conflitos e do crime em toda a existência de Serra Pelada
sempre foram os próprios Governos. Por tanto ta na hora do DNPM mudar a
sua postura em relação a causa garimpeira de Serra Pelada cumprindo com
imparcialidade a sua obrigação de gestor da boa política mineral
do nosso país. Lula e Lobão querem restituir o direito que os garimpeiros
precisam para terem uma vida melhor. Esperamos que nada possa atrapalhar esse
tão nobre gesto. Nem mesmo o DNPM.
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Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
COOMIGASP COMEÇA A BOTAR A BAIXO OS PRECATÓRIOS
FRAUDULENTOS
Foi impetrado hoje pela manhã na Comarca de
Imperatriz no Maranhão, um conjunto de ações objetivando o não
pagamento de inúmeros créditos considerados fraudulentos que correm naquela
Comarca Judiciária contra a Coomigasp. As ações são consideradas pelo
advogado da cooperativa, Daniel Vilas Boas como o segundo passo a ser
dado no desmonte dos precatórios fraudulentos transitados em julgados
em varias Varas Judiciárias do país que condenaram a cooperativa
dos garimpeiros a pagar uma divida que vai alem de R$ 500 milhões. De acordo
com o Dr . Daniel Vilas Boas essa batalha judicial que iniciou no mês passado
com a tomada de depoimentos de oito pessoas, que
testemunharam de como esses processos foram fraudados dentro da própria
Coomigasp em gestões passada, inicia por Imperatriz e correrá por
todo o Brasil. “Vamos entrar com pedidos de anulação desses
créditos nos mais diversos juízos por termos em mãos depoimentos
testemunhais da forma de como foram construídos esses créditos e ao
mesmo tempo pedindo o cessar das cobranças indevidas contra a Coomigasp”,
disse o advogado. Daniel Vilas Boas explicou que entre esses créditos
existem, embora em menor numero, aqueles que são verdadeiros e legítimos que
são de pessoas que trabalharam na cooperativa e buscaram os seus direitos nas
varas trabalhistas. A esses já identificados, a cooperativa irá honrar o que
deve, naturalmente, dentro da capacitada financeira disponível. “Para isso já
estamos realizando um cronograma para que possamos realizar esses pagamentos
com segurança. Porem em grande numero tem aqueles que nitidamente
são créditos mal intencionados e serão prontamente colocados na faixa
“vermelha” por julgamos não serem verdadeiros e muito menos legítimos”,
defendeu o advogado. Ele anunciou que irá discutir a existência desses
créditos fraudulento na justiça e com rigor.
ESTÃO VENDENDO PRECATORIOS NO CÔFO
Bastou a Coomigasp encarar essa guerra contra os
precatórios fraudulentos e pedir inclusive a participação da Policia Federal
para investigar a forma de como foram montados, para que um punhado de
fraudadores anunciar pelos quatro cantos do Pará a venda desses títulos. Em
Belém, um escritório de advocacia está oferecendo precatórios
fraudulentos pela metade do valor. Ontem um cidadão telefonou para a Agasp
Brasil pedindo referencia sobre a autenticidade dos títulos. Fez isso por achar
estranho o tal escritório de advocacia lhe oferecer o documento no valor de 1
milhão e 234 mil pela bagatela de R$ 300 mil. É comprar gato por lebre.
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