Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
ENTREVISTA COM O DIRETOR GERAL DO DNPM
Em entrevista concedida ao jornalista Lazara
Sampaio da Secretaria de Comunicação do Governo do Pará, o diretor geral do
DNPM, Miguel Nery Cedraz depois de considerar o estado do Pará como uma
das mais ricas províncias minerais do mundo afirmou que não há nenhuma
possibilidade do órgão que comanda mexer no marco SL1, cuja atual
posição é questionada pelos garimpeiros de Serra Pelada. Miguel Nery
também fala sobre as concessões de PLG’s as cooperativas e critica aqueles
que querem transformar Serra pelada em território de terra arrazada.
Como está a situação da área de lavra questionada
pelos garimpeiros?
Miguel Nery – Esse assunto relativo aos garimpeiros
de Serra Pelada tem um contexto complicado, que remonta à década de 1960.
Mais precisamente no ano de 1969, quando a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD),
por meio da subsidiária identificada como Mineração Xingu, requereu área na
região do Carajás para pesquisa mineral. Nessa época essa área era conhecida
como Serra Leste e o DNPM concedeu à empresa - então de economia mista -
exploração da área, por meio de um Alvará de Pesquisa Mineral (APM). A
empresa não iniciou de imediato a produção e solicitou renovação do alvará,
em 1972, solicitando, ainda, a retificação do posicionamento de referência,
identificado no jargão mineral como “Ponto de Amarração”. Em 1969, a
definição da área foi feita com medidas geográficas, utilizando como
referências o relevo existente na área, que incluía dois igarapés. Essas
confluências naturais podem sofrer alterações em conseqüência da temporada de
chuvas, principalmente, na Amazônia. Em 1972, a empresa foi a campo e definiu
o “Ponto de Amarração” atual. Agora, um grupo de garimpeiros pede ao DNPM o
reposicionamento desse marco (SL1), no que seria o marco anterior. Após
estudo dos processos relativos a essa questão, chegamos à conclusão que essa
reivindicação não pode ser atendida. Os estudos, as conclusões jurídicas e a
lógica adotada para chegarmos ao posicionamento de Serra Leste, do jeito que
está não pode ser alterado - temos convicção da imparcialidade do processo.
Não podemos apontar dois Pontos de Amarração.
Em relação aos processos de licenciamento de
lavras às cooperativas, como o DNPM tem se posicionado?
Miguel Nery - Para facilitar essa relação, em vez
de Alvará de Pesquisa Mineral, que é um documento que requer pesquisa e
gastos mais altos, concedemos a Permissão de Lavra Garimpeira (PLG),
instrumento que garante ao garimpeiro acesso direto ao trabalho, com
liberdade para explorar de imediato a área. Esse instrumento é concedido não
só às cooperativas, mais aos garimpeiros individualmente, conforme a
solicitação. A prioridade é dada aos primeiros que derem entrada nos
documentos. Algumas solicitações carecem de projetos ambientais e nem todas
são atendidas. Ultimamente, o DNPM liberou (aprovou) uma solicitação para uma
das cooperativas de Serra Pelada. São seis cooperativas brigando entre si,
cada uma requerendo uma porção da área.
Qual a visão do DNPM sobre a questão mineral na
Amazônia?
Miguel Nery - A Amazônia desponta como uma
fronteira mineral no mundo, principalmente, o Pará, que é considerado
especial, pois possui potencial imenso. Nesse sentido, o governo federal tem
feito grande esforço para atrair investimentos em mineração para o Brasil.
Nós entendemos que a mineração pode contribuir para equilibrar a economia do
país e do Estado e com a balança comercial brasileira. Empresas que exploram
minérios têm que investir no país, nos estados e nas comunidades locais. O
que teremos que fazer é dar garantia jurídica para os investidores que
queiram aplicar capital no setor.
O que o Ministério de Minas e Energia pensa sobre
o desenvolvimento social e econômico nas regiões que são exploradas?
Miguel Nery - Para nós existem dois aspectos a
serem avaliados. Dentro da mineração cabe todo mundo, dos grandes aos
pequenos. O governo sempre busca que a própria mineração se responsabilize
pelo social do lugar que explora. Por outro lado, a concessão de PLG
(Permissão de Lavra Garimpeira) para o garimpeiro individual ou filiado a uma
cooperativa é uma forma de democratização do bem mineral, garantindo o
usufruto como meio de vida. Outro ponto é garantir que a grande mineradora,
por meio do royalties da mineração, venha reparar os danos causados. A
mineração deve pagar seus impostos e nesse rol entra Imposto de Renda (IR),
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), Imposto Sobre Serviço (ISS),
entre outros. Tem a cobrança da Compensação Financeira pela Exploração de
Recursos Minerais (CFEM), que varia de 2% a 3% sobre a produção. O DNPM criou
mecanismos para a cobrança mensal e para buscar os débitos passados. Temos
agido para cobrar e modernizar esse procedimento. Para se ter uma idéia do
que o atual governo vem fazendo, em 2002, a arrecadação sobre a produção
mineral foi de R$ 186 milhões e, em 2007/2008, esse montante cresceu para
aproximadamente R$ 600 milhões. De acordo com a Constituição, do montante
arrecadado, a União tem direito a 12%, o Estado fica com 23% e o município
produtor tem direito a 65%. O município de Parauapebas recebe valores
significativos.
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Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
AUDIÊNCIA EM IMPERATRIZ FOI UM SUCESSO
A audiência realizada na ultima sexta-feira, 10,
na 2ª Vara Cível da Comarca de Imperatriz – Maranhão, para a tomada de
depoimentos de oito pessoas envolvidas no caso dos precatórios
fraudulentos contra a Coomigasp foi cercada de total sucesso. As oito
testemunhas contaram de forma detalhada a juíza Diva Maria de Barros
Mendes de como foram construídos esses créditos falsos contra a cooperativa .
A manhã estaremos fazendo uma entrevista com o advogado Daniel
Vilas Boas sobre o assunto e qual vai ser os procedimento jurídicos a serem
implementados pela Coomigasp com objetivo de desmontar esse estelionato
judicial que induziu a justiça brasileira a condenar em alguns milhões de
reais a cooperativa dos garimpeiros de Serra Pelada.
Alteração do Estatuto do Garimpeiro
O deputado Cleber Verde (PRB-MA) anunciou que
ainda esta semana o projeto de lei de sua autoria que altera o Estatuto
do Garimpeiro e que estabelece uma aposentadoria especial aos
garimpeiros de todo o país e uma pensão vitalícia de três salários
mínimos para os garimpeiros remanescente de Serra Pelada, deve ser levado a
apreciação da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara. A
deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA) é a relatora do projeto e fará de tudo
para que o mesmo seja aprovado por unanimidade.
A Câmara de Vereadores de Pedreiras –Maranhão,
vai realizar uma audiência publica no próximo dia 16 com o objetivo de
informar aos mais de 500 garimpeiros residentes no município sobre a questão
da aposentadoria especial e pensão vitalícia para a categoria. A
Comissão também está querendo informações sobre a implantação do
Projeto de Desenvolvimento Mineral de Serra Pelada da Coomigasp e
sobre o curso de capacitação profissional para filhos e filhas dos
garimpeiros. A Câmara de Vereadores convidou o deputado Cleber Verde o presidente
da Coomigasp, Gesse Simão e o presidente da Agasp Brasil, Toni Duarte. Todos
já confirmaram presença na Câmara de Vereadores de Pedreiras. No
programa “Conexão Garimpeira” desta segunda-feira você pode acompanhar uma
longa entrevista com o deputado Cleber Verde. É só clicar no botão “tocar”
que fica no topo da página no seu lado direito. Boa escuta.
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Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
ARREBENTARAM COM A COOMISPE
Por onde andam e o que fazem os atuais diretores
da Coomispe? Ninguém sabe. Até agora o grupo que derrubou o ex-presidente
Valdecy Marques (foto) no final do ano passado está totalmente perdido e
ainda não se encontrou. Estão como cachorro sem dono. Nenhum sócio da
Coomispe tem qualquer informação sobre a cooperativa que já detém uma PLG
alcançada pelo seu antigo presidente. Para que a Coomispe possa
definitivamente produzir em sua área ela necessita das Licenças de Instalação
e de Operação documentos outorgados pela Secretaria de Meio Ambiente do
Estado do Pará.
O problema é que os atuais dirigentes andaram
acusando os técnicos do órgão governamental de corruptos e outros graves
adjetivos. A acusação sem fundamento e irresponsável terminou por colocar a
Coomispe literalmente na geladeira. Como tudo está parado a maioria absoluta
dos sócios deixou de pagar as suas anuidades e com razão. Ninguém quer
arriscar o seu dinheiro em um negócio sem futuro. Sem dinheiro a maioria dos
“conceituados” diretores também caiu fora. Manoel do DENIT de Araguaina,
Tocantins, foi um dos quais. Apenas dois deles continuam a frente da
cooperativa mas sem qualquer crédito.
Como ninguém se pronuncia pela Coomispe
procuramos o ex-presidente para falar sobre o assunto. Valdecy Marques disse
que a Coomispe está travada dado a onda de denuncismos irresponsáveis
atirados contra pessoas e até mesmo contra órgãos do governo por aqueles que
se encontram no comando.
“Contra a minha pessoa levantaram falsas
acusações e achincalharam-me. Caluniaram-me e me tiraram da presidência
porque achavam que a cooperativa estava bamburrada com muito dinheiro.
Quebraram a cara”, disse. Todos os projetos realizados para que a
Coomispe alcançasse a sua Permissão de Lavra Garimpeira, segundo Valdecy foi
bancado por ele próprio.
“O único erro que cometi foi vender alguns
dos meus bens para poder pagar esses caros projetos já que todos sabem que se
fosse depender da pouca contribuição daqueles que pagam a cooperativa
jamais conseguiria a PLG e muito menos a Licença de Instalação”, afirmou
Valdecy. O ex-presidente revelou ainda que a grave situação que passa a
Coomispe foi provocada pelos seus atuais dirigentes ao se aliarem com
Marilene Machado da Coompag e Otacílio Rocha da Coompro, além de Raimundo
Maligno do sindicato.
“Presidente de cooperativa que anda com esse maldito
bando o destino é ir para o buraco para onde levaram a Coomispe.
Irresponsavelmente eles andaram acusando sem nenhuma prova os técnicos da
Secretaria de Meio Ambiente do Pará de corruptos. Disseram que os técnicos
eram acostumados a ganhar propinas. Criaram um grande problema para os
funcionários do governo paraense e mais ainda para a própria Coomispe que
ficou bastante prejudicada com essa estória toda. Dificilmente a atual
diretoria vai conseguir alguma coisa junto ao governo do Pará. Foi por isso
que a maioria já abandonou a cooperativa. Somente uma assembléia geral pode
ressuscitar a Coomispe”, explicou o ex-dirigente. A entrevista de Valdecy
Marques você acompanha na integra através do programa “Conexão Garimpeira” de
hoje (quarta). É só clicar no botão “tocar” da Radio Web Garimpeira no
topo da pagina ao seu lado direito. Uma boa escuta.
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