Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
DNPM E GOVERNO DO PARÃO DISCUTEM SOLUÇÕES PARA
ENTRAVES NA MINERAÇÃO
O Diretor-Geral do DNPM, Miguel Nery, esteve na
semana passada em companhia de Maria José Salum (SGM/MME) e do Chefe do
DNPM-PA, Every Aquino, em Belém, para reunião com o Secretário de
Desenvolvimento Econômico Maurílio Monteiro e com o Secretário do Meio
Ambiente, Aníbal Picanço, do governo paraense , para discutir vários entraves
relacionados ao setor mineral na região. As soluções para esses problemas,
uma vez adotadas, permitirão que se viabilizem investimentos voltados a
importantes empreendimentos no Estado do Pará.
Um dos principais problemas diz respeito à demora
na análise e liberação de licenças ambientais para a mineração. De acordo com
o diretor geral do DNPM, durante a reunião ficou evidente a determinação do
governo do Pará em superar tais entraves que, muitas vezes, são muito mais
burocráticos do que decorrentes de exigências ambientais propriamente ditas.
Como exemplo, foi citado que o Conselho Estadual
de Meio Ambiente do Pará (Coema) aprovou no dia 23 de junho, durante reunião
ordinária ocorrida naquela capital, o projeto Serra Leste de exploração de minério
de ferro. A área da lavra está situada no município de Curionópolis, distrito
de Serra Pelada, a sudoeste, a 550 km de Belém e 30 km da PA-275 no sentido
Marabá/Parauapebas.
A decisão do Coema, nesse caso, autorizou a
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) a expedir a Licença Prévia, que
possibilitará a implantação de toda a infraestrutura necessária ao futuro
empreendimento. Vencida essa etapa, o empreendedor deverá solicitar ainda a
Licença de Instalação e, na fase de produção, a Licença de Operação. Também
foi relatado na audiência que outro projeto, desta vez para o ouro, no caso
Projeto Andorinhas naquele Estado, foi apreciado e aprovado na mesma reunião
do Coema.
Essas ações também vão possibilitar para que o
órgão que cuida da política ambiental no Estado do Pará possa
expedir a Licença Previa do projeto de Desenvolvimento Mineral de
Serra Pelada tocado pela Coomigasp e Colossus e em seguida a Licença de
Instalação e finalmente a de Operação. No caso do projeto da Coomigasp pedido
neste sentido já foi solicitado aos órgãos ambientais do Pará já que a
cooperativa marcou para o dia 31 de agosto para entregar o relatório com os
resultados das pesquisas ao Departamento Nacional de Produção Mineral.
Outro tema abordado na audiência entre os dirigentes
do DNPM e do governo do Pará foi à questão da emissão das permissões de lavra
garimpeira (PLG’s) . Neste caso, foi informado pelo diretor-geral que o
DNPM está em fase de conclusão dos estudos do passivo dos milhares de
requerimentos de PLG, que se encontravam pendentes de estudos desde 1991. A
conclusão desses estudos brevemente implicará na emissão de certidões de
aptidão pelo 5º Distrito (PA), dando prazo de 90 dias para que os requerentes
apresentem as devidas licenças ambientais. Esse fato poderia trazer
transtornos ao órgão estadual do meio ambiente. Como solução, o governo do
Pará deverá colocar em pauta na próxima reunião do Coema, a discussão sobre
critérios para descentralização das licenças ambientais para os municípios
que possuam estrutura de atuação na questão ambiental.
Outro assunto abordado envolveu o processo de
implantação do Pólo Industrial da região de Marabá e eventuais conflitos com
direitos minerários existentes na área. Ficou acertado que as áreas jurídicas
do DNPM e da Sedect estudarão o assunto para encontrar a melhor solução
|
Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
DEU NO REGIONAL: GARIMPEIROS CLANDESTINOS AMEAÇAM
IMPLANTAÇÃO DE PROJETO
É
preocupante a invasão de garimpeiros clandestinos em Serra Pelada. Depois de
vinte anos de espera da classe por uma solução pacífica, grupos não
legalizados têm tentado deturpar os trabalhos de sondagem que já estão em
fase avançada. A empresa Colossus Geologia e Participações, em julho de
2007, firmou parceria com COOMIGASP para explorar o restante da área de
Serra Pelada, nesta parceria a Colossus ficou responsável de gerir e
operar o projeto. Os trabalhos de sondagem de responsabilidade da Colossus,
estão em fase avançada e a Cooperativa já tem previsão para em 31 de agosto
deste ano, iniciar a implantação do projeto.
O
avanço das pesquisas tem chamado a atenção de grupos não cadastrados junto à
Coomigasp, cujos integrantes ameaçam a implantação do projeto e instalam onda
de terror na comunidade de Serra Pelada. A última tentativa foi de um grupo
oriundo da cidade de Redenção, composto por 40 homens aproximadamente, que
por volta das 20hs do último dia 22, foi detido pela Polícia Militar que
rapidamente encaminhou dentre eles 36 homens até a Delegacia de Curionópolis.
Os integrantes foram acusados de invasão de propriedade, conforme consta no
Boletim de Ocorrências da Polícia Civil. Após terem sido interrogados os
supostos garimpeiros foram liberados para retornarem à cidade de onde teriam
vindo, Redenção aqui mesmo no Estado. No entanto 22 homens voltaram ao
garimpo e foram reconduzidos à Depol de Curionópolis, pelo Comandante da PM
do município, Capitão Miranda. Boa parte da diretoria da Cooperativa
acompanhou de perto a prisão dos invasores.
Estuprador entre o grupo – Mais grave que a invasão, foi o caso que envolveu
um dos integrantes do grupo; Eleandro dos Santos Silva, 29 anos, natural de
Miranorte no Tocantins, que teria tentado estupro e cometido agressões
contra duas jovens da comunidade garimpeira.
Medo e Insegurança – No dia seguinte por volta das 13h30m Mesac
Rodrigues Santos, motorista de empresa que presta serviços em Serra Pelada,
registrou ocorrência na Depol de Curionópolis. Ele teria sido perseguido e
fechado seu percurso, quando dirigia. Mesac conta em depoimento que uma
caminhonete Hilux branca e uma Van fechou seu veículo na madrugada de
quinta-feira por volta das 4;00hs, e pediu que apagasse os faróis, dirigindo
palavrões contra Mesac.
Procurado
por nossa reportagem, Gesse Simão, presidente da COOMIGASP, disse que
grupos como o que invadiu serra pelada, querem a todo custo, inibir e ameaçar
a implantação do projeto. Gesse disse ter conhecimento que o grupo invasor
era formado por pessoas que nada tem a ver com a classe garimpeira. “A
maioria deles é formada de pessoas jovens, sem o menor vínculo com o garimpo
e que certamente estão comandados por pessoas que tem como propósito único, impedir
que mais de 40.000 garimpeiros alcancem o que buscam há tanto tempo”, afirmou
o presidente dizendo que a Coomigasp está mantendo contato com autoridades do
município e do Estado, buscando inclusive formas legais de
reprimir qualquer ação de vandalismo ou terrorismo no garimpo de Serra
Pelada. “Sabe-se que estas ações tem acontecido ao longo deste processo.
Reconheço que o empenho das autoridades municipais, especialmente do gestor
público é de não permitir que fatos como este se repitam”.
Denuncia -
Gesse disse a nossa reportagem que chegou a denunciar atos de vandalismo em
Serra Pelada junto à Câmara dos Deputados em oportunidade que se fazia
presente o Ministério Público Federal. O presidente disse contar com o apoio
da Deputada Estadual Bernadete Ten Catem e Zé Geraldo, ambos do Partido dos
Trabalhadores e do líder da bancada da governadora, Deputado Faleiro.
Apelo – O
presidente da Cooperativa faz um apelo, especialmente aos deputados estaduais
e federais dos estados do Pará, Maranhão e Tocantins, onde concentra o maior
número de garimpeiros. “È preciso que providencias sejam tomadas, estamos
aguardando e acreditamos que atitudes sábias por parte de nossos
representantes venham inibir esses atos de vandalismo, ou do contrário,
prejuízos incalculáveis poderão paralisar os trabalhos de pesquisa e a
realização da implantação do projeto tão esperado por mais de 40.000
garimpeiros que aguardam anos à fio por um desfeche feliz, afinal, a
quem interessa a interrupção do projeto?” interrogou o presidente.
Parecer de Gesse quanto à implantação – “Eu entendo que avançamos
nas pesquisas e vamos iniciar o processo de implantação em 31
de agosto, propus uma revisão nos itens que dilu
|
Publicado no dia 1 de janeiro de 1900 às 0:00 por
Toni Duarte.
GARIMPEIROS UNIDOS PARA A ENTREGA DO RELATORIO
DAS PESQUISAS EM AGOSTO
Faltando menos de 29 dias para que a parceria
Coomigasp e Colossus entregue o relatorio final das pesquisas geológicas na
área dos 100 hectares, o que irá de vez consolidar a implantação do Projeto
de Desenvolvimento Mineral esperado por milhares de garimpeiros, inicia-se a
temporada daqueles que não querem que isso ocorra. Nos últimos dois meses
todo o tipo de sórdidas maquinações e até ações criminosas como a tentativa
de ocupação da área da cooperativa e sabotagem das sondas como ocorreu na
semana passada, vem acontecendo com muita intensidade.
Tem ação na justiça querendo anular a eleição
democrática e realizada por votos secretos que elegeu Gesse Simão de
Melo com mais de 92% dos votos. Tem gente de órgão oficial como OCB dando
autorização fajuta ao estelionatário Luis da Mata para usar o
CNPJ da Coomigasp. Tem gente forasteira criando dificuldades
aos garimpeiros na tentativa de tirar também uma lasquinha. E tem
figuras do DNPM repetindo às velhas falácias da Vale do Rio Doce
de que ali só tem 19 toneladas de ouro e que se for dividido entre 40 mil
garimpeiros daria apenas R$ 77,00 mensais para cada um.
Graças a Deus os garimpeiros em nada disso
acreditam. Se os garimpeiros não acreditam nestas estórias boi dormir muito
menos os seus parceiros da Colossus que fizeram questão de realizar novas
sondagens. No inicio do ano passado o geólogo Augusto Kishida,
vice-presidente internacional da empresa canadense revelou ao próprio governo
que o deposito até ali pesquisado já apontava um indicativo de quase três
vezes maior do que as poucas 19 toneladas propagada pela Vale.
Mas essa estória de Serra Pelada sempre
teve aqueles que torceram e torcem para que os garimpeiros fiquem na
pior e não ponha as mãos naquilo que lhes pertence. Manobras para
tomar o direito desses trabalhadores foram muitas. Ora elas se apresentam
sob o manto da justiça, ora sob o manto do próprio governo. Os
garimpeiros são donos de mais de R$350 milhões que estão na Caixa Econômica,
mas não podem receber porque tem 78 tubarões querendo engolir tudo sozinhos.
Mas não foi só de derrotas que o povo garimpeiro
viveu até agora. Se resistem as porradas que vem levando ao logo dos
anos é porque também tem momentos de vitórias. Para que os nossos
leitores compreendam um pouco desses altos e baixos de Serra Pelada a
Agasp Brasil obrigou-se a fazer uma profunda investigação em cima de fatos.
Em 1974, o Decreto nº 74.509 concedeu à Amazônia
Mineração S/A, subsidiária da Companhia Vale do Rio Doce, o direito de lavrar
minério de ferro em uma área de 10 mil hectares.Em janeiro de 1980, é
registrada a descoberta de ouro em Serra Pelada pelo dono da fazenda; Em
fevereiro de 1980, a Amsa, subsidiária da Vale do Rio Doce, comunica a
invasão da área por cerca de dois mil garimpeiros; em maio de 1980, início da
intervenção do Governo, através do SNI - Serviço Nacional de Investigação.
O major Sebastião Rodrigues de Moura, conhecido
como Major Curió, é designado coordenador do garimpo, que, já a essa altura,
conta com cerca de 25 mil homens; em maio de 1980, a Companhia Vale do Rio
Doce comunica ao DNPM a ocorrência de ouro na área; Também em maio de 1980, é
editada a Portaria nº 247, de 15 de maio de 1980 .
E o que ela dizia: “Os Ministros de
Estados, da Fazenda e das Minas e Energia, no uso de suas atribuições e tendo
em vista o disposto no art. 22, item VII do Decreto Lei nº 227, de 28 de
fevereiro de 1967, e 74 do Regulamento do Imposto Único sobre Minerais,
aprovado pelo Decreto nº 66.694, de 11 de junho de 1970, resolvem: I -
Autorizar a Caixa Econômica Federal, com exclusividade, a comercializar com o
titular da pesquisa o ouro extraído em áreas vinculadas à respectiva
autorização na região de Serra Pelada, Município de Marabá, no Estado do
Pará; II - A Secretaria da Receita Federal e o Departamento Nacional da
Produção Mineração, no âmbito das respectivas áreas de competência, baixarão
as normas necessárias à regulamentação das exposições contidas nesta
Portaria. III - Essa Portaria entrará em vigor na data de sua publicação. A
Portaria é assinada pelo ministro da Fazenda , Ernane Galveas e pelo
ministro de Minas e Energia César Cals.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário
AGASP agradece seu interesse!